O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou um documento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no qual tenta se defender da acusação de atacar a segurança das urnas eletrônicas e argumenta que, ao apoiar a proposta do voto impresso, ele pede, na verdade, que o sistema eleitoral seja "aprimorado". O documento foi uma resposta a um pedido de que o presidente apresentasse provas de suas acusações de fraude eleitoral.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, havia emitido um despacho no dia 21 de junho, dando um prazo de 15 dias para o presidente apresentar provas sobre as supostas fraudes nas eleições que ele insiste em dizer, sem evidências, que houve.
O TSE confirmou o recebimento da resposta do presidente, mas disse que o documento está sob sigilo judicial. Apesar disso, o portal UOL alega ter tido acesso e informa que Bolsonaro não apresenta nenhuma prova ou evidência de fraude eleitoral. O presidente faria apenas uma referência a uma audiência pública de 2018 no TSE, na qual cidadãos defenderam a impressão do voto eletrônico, e citaria projetos de lei que defendem o mesmo.
Ao invés de provas, Bolsonaro nega estar atacando a segurança das urnas eletrônicas e diz que quer "auditoria" e aprimoramento do processo eleitoral. "Reitera-se, não se está a atacar propriamente a segurança das urnas eletrônica, mas, sim, a necessidade de se viabilizar uma efetiva auditagem", escreveu Bolsonaro.
E continuou: "Na realidade, é em nome da maior fiabilidade do sufrágio que há muito se tem defendido a necessidade de robustecer ainda mais o sistema eletrônico de votação com alguma medida física de auditagem imediata pelo eleitor, tão logo esse deposite o seu voto na urna e, se for o caso, mais tarde pela própria Justiça Eleitoral".
- Com informações do portal UOL.