Miranda diz à PF que não gravou conversa com Bolsonaro e disponibiliza celular
Deputado é ouvido na Polícia Federal nesta terça-feira; depoimento é parte de inquérito que investiga suspeita de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro sobre o caso Covaxin
Em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) negou ter gravado a conversa que teve com o presidente Jair Bolsonaro em 20 de março, em que trouxe denúncias sobre a Covaxin, o mesmo que já havia dito em outras ocasiões. Deixou também seu celular à disposição das autoridades para extração das mensagens sobre o tema.
A PF investiga se o presidente Jair Bolsonaro teria cometido prevaricação ao deixar de levar adiante as denúncias apresentadas por Miranda e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde.
Luis Ricardo disse que estava sofrendo uma pressão atípica de superiores no processo de importação da Covaxin, vacina indiana comprada por R$ 1,6 bilhão em contrato hoje suspenso.
Miranda disse ao GLOBO que o delegado que o interroga nesta tarde de terça-feira é "muito sério e interessado na verdade dos fatos" e não perguntou "nada que me deixasse constrangido".