O Ministério da Saúde admitiu, em documentos enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que os medicamentos usados no chamado " kit Covid " como cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina, entre outros, não funcionam contra a doença.
Segundo os sites " Metrópoles " e " Congresso em Foco ", os documentos foram enviados no dia 12 de julho após questionamento formal dos senadores.
"Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população", diz um trecho do texto publicado pelo " Congresso em Foco ".
Os medicamentos foram amplamente indicados pelo presidente Jair Bolsonaro e por membros da pasta, como a secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério, Mayra Pinheiro.
A servidora — conhecida como "Capitã Cloroquina" — foi para Manaus, no Amazonas, em janeiro deste ano, antes do colapso da saúde nos hospitais do estado, e confirmou em depoimento à CPI que era preciso fornecer esses medicamentos do chamado "tratamento precoce" aos pacientes.
As drogas também foram defendidas em outros depoimentos, como no caso da médica Nise Yamaguchi, que é apontada como um dos membros do chamado " gabinete paralelo
" que orientava Bolsonaro.