Nesta sexta-feira (9) foram iniciados os estudos clínicos da ButanVac, primeira vacina totalmente brasileira contra a Covid-19 . Mais cedo, em coletiva membros do governo de São Paulo disseram que ainda não foram feitas negociações com o Governo Federal por conta do histórico negacionista do ministério da Saúde durante o enfrentamento da pandemia e em relação à CoronaVac .
"Nesse momento o Governo Federal não participa desse processo em absolutamente nada. Nós não procuramos o Governo Federal exatamente pelo histórico que o próprio governo construiu em relação à CoronaVac", disse Dimas Covas, Presidente do Instituto Butantan.
Segundo Covas, o histórico do governo federal de negação e combate não cessou até o momento. No entanto, quando a vacina estiver pronta, negociações podem ocorrer. "Se houver interesse do governo, poderemos sim, obviamente, trabalhar e discutir", disse.
O governador João Doria reiterou a afirmação. "Não vamos novamente ficar quatro meses batendo na porta do ministério para [ele] comprar uma vacina para salvar o povo brasileiro. Nós teremos a oportunidade de disponibilizar a vacina para o povo brasileiro, diretamente pelo Instituto Butantan e assim o faremos", complementou o governador.
Doria ainda reforçou que o Instituo Butantan é o maior centro produtor de vacinas do hemisfério Sul, tendo a capacidade de produzir 1 milhão de doses por dia. Com isso, segundo o governador, o Instituto poderá suprir toda a necessidade de vacinação contra a covid-19 da população brasileira em 2022, bem como exportar a ButanVac para países latino-americanos que quiserem uma vacina mais barata.