"Não pode achar que possa nos intimidar", diz Renan sobre Forças Armadas
Relator da CPI da Covid comentou nota do ministro da Defesa, que repudiou falas de Omar Aziz durante sessão do Senado
O relator da CPI da Covid , Renan Calheiros (MDB-AL), comentou nesta quinta-feira (8) sobre a nota feita pelas Forças Armadas e pelo ministro da defesa repudiando fala de Omar Aziz (PSD-AM).
“Eu queria dizer que esse precedente do Braga Netto , ministro da defesa é inusitado, essa Comissão Parlamentar de Inquérito, que é uma instituição da república, não pode ser ameaçada sob pretexto nenhum. Estamos investigando e retirando a máscara de um esquema que funcionava no ministério da saúde que proporcionou o agravamento do número de mortes de brasileiros pela Covid”, declarou Calheiros.
Na sessão da última quarta (7) da CPI, Aziz declarou que as Forças Armadas estavam “muito envergonhadas” por ver, Roberto Dias, ex-diretor do Ministério da Saúde, que também é ex-sargento da aeronáutica, envolvido em um esquema de corrupção.
Em nota, a Defesa , a Marinha, o Exército e a Força Aérea Brasileira repudiaram a fala de Aziz, e dizem que "as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro".
O relator da Comissão Parlamentar, em tom conciliador, diz respeitar a instituição militar, mas ressalta que as investigações seguirão:
“O Brasil respeita as forças armadas e o exemplo que ela pode continuar dando. Mas não pode confundir nosso papel ou achar que possa nos intimidar, nós vamos investigar haja o que houver”, afirma.
“Se o Pazuello, Bolsonaro, (coronel) Élcio (Franco) participaram do morticínio, eles não contaminam as forças armadas, mas pelo fato de tentarem contamina-las nós não vamos de forma alguma paralisar a investigação, nós saberemos a quem responsabilizar, e as famílias dos mortos também saberão”, finaliza Renan.