Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, afirmou que o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está cada vez mais evidente. Para o político, a situação piorou após as denúncias de irregularidades nos contratos da vacina Covaxin.
"Surge mais munição a cada dia para que a pauta possa ganhar força na sociedade. E quando isto ocorre é muito difícil segurar. Principalmente em ano eleitoral, quando nenhum parlamentar quer o risco de dissociar seu nome das ruas", disse Kassab em entrevista ao jornal "O Globo”.
"Chega uma hora que transborda o balde, fica inevitável. Entendo que as circunstâncias são cada dia mais favoráveis", completou.
Para a disputa presidencial em 2022, Kassab afirmou que o PSD terá um candidato próprio filiado ao partido para concorrer.
"Entendo que precisa ser alguém da política, que tenha mostrado ser competente e vocacionado. [Rodrigo] Pacheco [do DEM] expressa um sentimento de renovação também. Vejo ele como o mais preparado para disputar e ganhar as eleições", disse.
Kassab descartou ainda apoiar possíveis candidatos como João Doria (PSDB), governador de São Paulo, e Ciro Gomes (PDT), que segundo ele, ambos não têm "um perfil pacificador".
"O Brasil precisa de pacificação, e eles não têm esse perfil. Vejo Ciro como uma pessoa preparada, mas sem perfil pacificador. Doria também tem uma conduta de enfrentamentos desde a prefeitura de São Paulo. Além disso, está com comunicação ruim e rejeição alta".