"Nunca foi por saúde, sempre foi poder", diz Bolsonaro após vandalismo em ato

Presidente publicou em rede social compilado de imagens das manifestações deste sábado (3) em São Paulo, que terminaram com cenas de vandalismo e a presença de black blocs

Foto: Reprodução/Twitter
'Nunca foi por saúde, foi por poder', diz Bolsonaro ao compartilhar fotos de vandalismo em SP

O presidente Jair Bolsonaro criticou o vandalismo durante  manifestação contra o seu governo na noite deste sábado (3), em São Paulo, publicando imagens de destruição de ponto de ônibus e agência bancária e de policiais feridos ou acuados pelos manifestantes. Segundo Bolsonaro, "nunca foi por saúde e democracia [a manifestação], sempre foi pelo poder".

"Nenhum genocídio será apontado. Nenhuma escalada autoritária ou "ato antidemocrático" será citado. Nenhuma ameaça à democracia será alertada. Nenhuma busca e apreensão será feita. Nenhum sigilo será quebrado. Lembrem-se: nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder!", escreveu Bolsonaro em seu Twitter, em publicação seguida por um compilado de quatro fotos.

Após ato pacífico com milhares de pessoas reunidas na Avenida Paulista, marcado pela defesa do impeachment do presidente e da rapidez na vacinação, um grupo pequeno de manifestantes atirou pedras e entulhos, ateou fogo e depredou agências bancárias e pontos de ônibus, e Bolsonaro se aproveitou da situação para dizer que todos os que se manifestaram contra o seu governo e as  suspeitas de corrupção na compra de vacinas não defendiam a saúde e a democracia, e sim queriam o poder.

Denominada " 3J Fora Bolsonaro ", a manifestação neste sábado foi, mais uma vez, nacional. Em mais de 300 cidades, diversos grupos contrários ao governo se reuniram em ato antecipado devido a série de denúncias de corrupção na compra de vacinas contra Covid-19. Todas as capitais tiveram manifestações contra Bolsonaro e pelo impeachment, inclusive Brasília. Foi o primeiro grande ato após ser protocolado o chamado  superpedido de impeachment na quarta-feira, com líderes da esquerda, centro e direita, em coalização contra o presidente jamais vista até aqui no governo.