Militar abriu empresa de intermediação na véspera de reunião de suposta propina

Segundo denúncia feita por Luiz Dominguetti nesta terça-feira (29), o coronel também estava no jantar em que o pedido de propina de US$ 1 teria sido feito

Roberto Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde
Foto: Anderson Riedel/PR
Roberto Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde

Na véspera do jantar em Brasília que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias , teria  pedido propina a um vendedor de vacinas, o coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa — que também estava no encontro — abriu uma empresa de representação comercial de medicamentos. As informações são da Folha de S. Paulo.

Nesta terça-feira (29), o empresário Luiz Dominguetti , representante da empresa Davati Medical Supply, denunciou à Folha  que Dias teria pedido propina de US$ 1 por dose de vacina da Astrazeneca para fechar contrato com o Ministério da Saúde . Dominguetti afirmou que Blanco também estava na ocasião.

Segundo o jornal, Blanco era assessor no departamento de logística da pasta na gestão de Dias e, três dias antes do jantar, o coronel abriu a empresa Valorem Consultoria em Gestão Empresarial, em Brasília .

Entre as atividades econômicas da empresa apresentadas à Receita Federal estão as de representantes comerciais e agentes do comércio de medicamentos, cosméticos, produtos de perfumaria e instrumentos e materiais odonto-médico-hospitalares.

Foto: Reprodução
Ficha da Receita Federal



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O jornal tentou contato com o coronel, mas não obteve sucesso. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou, nesta quarta-feira (30), o requerimento de convocação de Blanco para depôr no Senado .