Governo deu prazo de 4 horas para reunião sobre proposta com suspeita de propina
Ministério da Saúde mostrou pressa para firmar acordo com empresa que teria sido alvo de pedido de propina de US$ 1 para cada dose de vacina
Por iG Último Segundo |
O governo Bolsonaro mostrou pressa e, no dia seguinte ao pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina da AstraZeneca , propôs nova reunião dentro de um intervalo de 4 horas com o representante da Davati Medical Supply — empresa que ofereceu 400 milhões de doses do imunizante ao governo brasileiro. As informações são do jornalista Octávio Guedes, da Globonews.
Segundo o representante da Davati, o pedido de propina partiu do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias Ferreira, que foi exonerado na manhã desta quarta-feira (30).
O blog do jornalista Octávio Guedes obteve acesso ao documento. Nele, o Ministério da Saúde manifesta "total interesse na aquisição das vacinas desde que atendidos todos os requisitos exigidos". (veja abaixo).
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O ex-secretário do Ministério da Saúde foi uma indicação de Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo Bolsoanaro na Câmara. Barros é acusado de também atuar para a assinatura de contrato com suspeitas de irregularidades para a compra da vacina indiana Covaxin.