Presidente Jair Bolsonaro e Tenente-Coronel Marcos Vanderlei
Reprodução/Facebook
Presidente Jair Bolsonaro e Tenente-Coronel Marcos Vanderlei

O tenente-coronel, Marcos Vanderlei, foi exonerado do cargo de subcomandante de policiamento da capital pela Polícia Militar de Alagoas após supostas críticas ao governador Renan Filho (MDB) , filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL) . Um inquérito policial militar foi aberto para investigar a conduta de Vanderlei 

A exoneração ocorreu no último dia 4 e o inquérito foi aberto no dia 10. Segundo Vanderlei, o comandante da PM Wellington Bitencourt foi quem comunicou que o tenente-coronel estava exonerado sob a justificativa de um pedido da cúpula do governo do estado por causa das críticas que teria feito à gestão estadual e ao senador Renan Calheiros, além de ser apoiador do presidente  Jair Bolsonaro (sem partido) .

A PM de Alagoas confirmou em nota que a apuração foi aberta "visando apuração de possível cometimento de crimes militares contra o Chefe do Poder Executivo Estadual". A nota, porém, não faz qualquer menção ao motivo da saída do cargo dele do Comando de Policiamento da Capital (CPC).

"A Polícia Militar do Estado de Alagoas destaca que a hierarquia e a disciplina formam sua base institucional. Salienta também que a Corporação está subordinada administrativa e operacionalmente ao Governador do Estado, segundo legislação em vigor e conforme prevê a Constituição Federal", diz o texto.

Ainda segundo a PM, não há qualquer tipo de perseguição contra o militar. "A determinação para instaurar o IPM foi estritamente técnica, decorrendo, naturalmente, de uma obrigação legal não havendo, portanto, margem para qualquer ilação ou insinuação de motivação política na prática desse ato administrativo", afirma.

O militar, confirmou ao UOL que emitiu uma nota que circulou nas redes sociais alegando que a exoneração teria sido motivada por críticas ao governador e ao senador Renan Calheiros, "além de ser favorável do Presidente Bolsonaro (sic)".

No estado de Alagoas, este é o segundo caso de militares investigados por suposta manifestação política. Camila Paiva, também tenente-coronel, do Corpo de Bombeiros está sendo investigada porque se vacinou com um cartaz "fora, Bolsonaro" e por participação em um ato contra o presidente no dia 29. Vanderlei, é fã declarado do presidente Jair Bolsonaro, com quem tirou foto durante visita a Maceió no último dia 13 de maio.

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