Sigilo de 100 anos: de Dilma a Pazuello

Na última semana, o Exército negou acesso ao procedimento disciplinar do general Pazuello; relembre vezes em que informações foram restringidas

Pazuello em ato político

O Exército determinou o sigilo por cem anos do processo administrativo sobre a participação do general Eduardo Pazuello em ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro. A decisão ignora entendimentos já firmados pela Controladoria Geral da União (CGU).

Reprodução/redes sociais

Sigilo de cem anos sobre o cartão de vacinação de Jair Bolsonaro

Em janeiro, o Planalto decretou o sigilo de cem anos sobre o cartão de vacinação do presidente Jair Bolsonaro e a qualquer informação sobre as doses de vacinas que o presidente recebeu. Segundo a Presidência, os dados "dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem" do presidente.

Reprodução/ Governo Federal

Secom restringiu acesso aos nomes dos servidores responsáveis pelo Twitter

A justificativa da Secom foi que seriam expostos dados pessoais. Recentemente. o perfil tem publicado informações contrárias às medidas de combate a pandemia e feito ataques a imprensa, tendo, inclusive, acusado a revista "The Economist" de sugerir o assassinato do presidente.

Reprodução/Globo

Acesso à imprensa de relatórios da Abin

O Ministério da Justiça usou a justificativa de "informações pessoais" para restringir o acesso à imprensa de relatórios de inteligência produzidos pela pasta durante a gestão Bolsonaro. Segundo a pasta, as "informações pessoais" só poderiam ser dadas "àqueles que têm necessidade de conhecer".

Valter Campanato/Agência Brasil

Sigilo sobre e-mails do "Bessias"

Em meio ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), uma gravação entre a petista e Lula, divulgada pelo então juiz federal Sérgio Moro, tratando da nomeação de Lula para a Casa Civil. O GLOBO pediu, à época, o acesso aos emails recebidos e enviados por Messias, mas a Casa Civil negou e informou decretou sigilo de 100 anos.

Wilson Dias/Agência Brasil