Secretaria de Comunicação acusa "The Economist" de recomendar morte de Bolsonaro
Secom erra na tradução da reportagem, que realizou críticas ao governo e sugeriu que uma mudança eleitoral na presidência da República
Após a revista "The Economist " - revista liberal mais conhecida do mundo - publicar uma reportagem crítica ao governo Bolsonaro , a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) utilizou suas redes sociais para distorcer e rebater as acusações. Ao final, o órgão acusou o periódico de incitar a morte do presidente.
Segundo a Secom , as avaliações do periódico integram uma narrativa "falaciosa", "histriônica" e "exagerada". Confira a publicação:
01. A revista The Economist [ https://t.co/r5q5CCDahw ] enterra a ética jornalista e extrapola todos os limites do debate público, ecoando no artigo "É hora de ir embora" algumas das narrativas mais falaciosas, histriônicas e exageradas da oposição ao Governo Federal. + pic.twitter.com/0C4ysUgyIK
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
Em seguida, o órgão reitera que a revista não busca apenas retirar Bolsonaro do cargo, mas também "eliminá-lo". "Vejam bem: não falam apenas em vencer nas urnas, superar, destituir. Falam em ELIMINAR. Estaria o artigo fazendo uma assustadora apologia ao homicídio do Presidente?"
A revista, porém, escreveu que a "prioridade é derrotá-lo no voto" - tradução para a publicação original: "The most urgent priority is to vote him out”.
A Secom argumentou ainda que "talvez, justamente por reconhecer nossos avanços, a Economist esteja tentando interferir em nossas questões domésticas e, segundo o texto, defenda a eliminação do Presidente que está livrando o Brasil da corrupção e da sujeição às oligarquias que a revista parece representar."