Ministro do STF Alexandre de Moraes
Agência Brasil
Ministro do STF Alexandre de Moraes


O minsitro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes , retirou nesta segunda-feira (7) o sigilo do inquérito dos atos antidemocráticos que corria em segredo de Justiça. O sigilo dos anexos foi mantido.

O inquérito investiga a organização e o financiamento de manifestações que, no ano passado, foram às ruas para defender causas antidemocráticas e inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do STF, e a adoção de um novo AI-5, o ato mais repressor da ditadura militar.

Blogueiros e parlamentares bolsonaristas são investigados no inquérito. A investigação foi aberta em 2020, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Moraes é o relator.

Na sexta-feira (4), a PGR pediu ao STF o arquivamento do inquérito. A manifestação da PGR ocorreu 5 meses depois que o órgão recebeu da Polícia Federal um relatório parcial apontando a necessidade de se aprofundarem as investigações. A PGR não fez as diligência sugeridas pela PF.


A TV Globo teve acesso ao relatório parcial da PF. No despacho em que determina a queda do sigilo, Moraes cita o relatório parcial:

"No caso dos autos, embora a necessidade de cumprimento das numerosas diligências determinadas exigisse, a princípio, a imposição de sigilo à totalidade dos autos, é certo que, diante do relatório parcial apresentado pela autoridade policial, e com vista à Procuradoria-Geral da República, desde 4/01/2021, não há necessidade de manutenção da total restrição de publicidade", escreveu o ministro.

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