Ernesto Araújo durante sessão da CPI da Covid nesta terça-feira (18)
reprodução/tv senado
Ernesto Araújo durante sessão da CPI da Covid nesta terça-feira (18)

Ernesto Araújo  afirmou hoje, durante sessão da  CPI da Covid , que sabia da oferta de imunizantes da  Pfizer  ao governo brasileiro, mas disse que não notificou  Jair Bolsonaro  sobre o assunto porque presumiu que o presidente havia sido avisado.

"Não comuniquei diretamente, porque a comunicação da embaixada em Washington dizia que havia uma comunicação endereçada ao presidente […] Presumi que o presidente da República soubesse", disse Araújo .

Em seu testemunho à CPI da Covid, o ex-CEO da Pfizer,  Carlos Murillo , disse que os primeiros contatos do governo brasileiro com a empresa sobre a compra de vacinas aconteceram em maio.


Confira a cronologia da oferta de vacinas:

  • No dia 14 de agosto, foram feitas as primeiras opções de ofertas de vacinas ao Brasil. Uma delas previa a entrega de 30 milhões de doses até 2021. Uma segunda garantia a entrega de até 70 milhões de doses.
  • Segundo Carlos Murillo, no dia 18 de agosto, a Pfizer renovou as ofertas e disse garantir 1,5 milhão de doses ainda em 2020.
  • O executivo afirmou que nova oferta foi feita em 26 de agosto.
  • De acordo com ele, as propostas tinham validade de 15 dias. Todos os prazos expiraram, sem que o governo desse uma resposta – positiva ou negativa.
  • O ex-CEO da Pfizer disse que, no dia 11 de novembro, a empresa voltou a ofertar 70 milhões de doses, sendo 2 milhões em 2020. No dia 24 de novembro, uma nova oferta, mantendo as quantidades oferecidas, mas alterando cláusulas contratuais para atender a exigências do governo. Depois de nova recusa, a Pfizer só tentaria outro contato em fevereiro.
  • Segundo Carlos Murillo, o Brasil poderia ter recebido 18,5 milhões de doses do imunizante ainda no primeiro semestre de 2021.

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