Rodrigo Garcia (DEM), vice-governador de São Paulo
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Rodrigo Garcia (DEM), vice-governador de São Paulo

O vice governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), confirmou sua filiação ao PSDB na sexta-feira. A migração para o ninho tucano abre caminho para que Garcia concorra à sucessão do governador João Doria  (PSDB) no estado mais rico do país. O plano articulado por Doria pode levar o ex-governador Geraldo Alckmin a deixar o partido, já que ele pretende disputar mais uma eleição ao Palácio dos Bandeirantes.

Após a entrada de Garcia no ninho tucano, Doria pretende deixar o cargo para o vice-governador até abril do ano que vem. Ele planeja concorrer ao Palácio do Planalto , caso seja vencedor nas prévias do PSDB em outubro deste ano. A escolha do candidato tucano à Presidência da República deve ter no páreo também o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite , e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

O movimento feito por Doria para filiar Garcia enfrenta resistência de tucanos e do presidente do DEM, ACM Neto. Aliados de Alckmin, como o ex-deputado Pedro Tobias, seu principal interlocutor, alegam que Garcia não tem história na legenda, enquanto Alckmin é um de seus fundadores, além de ter recall de votos. Ele já foi governador do estado por quatro vezes e aparece bem colocado na última pesquisa XP/Ipesp, divulgada no mês passado.

A entrada de um novo nome do PSDB também causa incômodo até em aliados de Doria. Outros nomes também são cotados nos bastidores para a sucessão do governador. Entre eles, estão, por exemplo, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, o titular da Casa Civil, Cauê Macris, e prefeitos do interior e do ABC paulista.

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Apesar de ter sido o responsável pela entrada de Doria na política, em 2016, Alckmin revela nos bastidores a disposição de se contrapor ao antigo afilhado. Aliados do ex-governador chegaram a defender a realização de prévias para o partido escolher quem vai concorrer ao governo estadual.

No entanto, a tradição no PSDB é de que aquele que está no cargo, o chamado incumbente, tem a prioridade na disputa. Não por acaso, aliados de Doria, que comandam o diretório estadual, vinham aumentando a pressão, nas últimas semanas, para que Garcia se filiasse e defendem que Alckmin dispute o Senado ou uma vaga de deputado.

Apesar disso, o entorno do ex-governador diz que ele concorrerá de qualquer jeito ao Palácio dos Bandeirantes. Nem que seja por outro partido.

Caso decida sair do PSDB, Alckmin tem como opções PSB, DEM, Cidadania, PDT, PSD e PSL. Há conversas até para a reedição da chapa de 2014 com o ex-governador Márcio França (PSB).

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