Queiroga nega na CPI da Covid que há "guerra química" promovida pela China
Bolsonaro insinuou em declaração nesta semana que o país asiático criou o vírus da Covid-19 em laboratório; ministro defendeu o presidente
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse desconhecer qualquer indicio de que a China promove uma “guerra química”. O responsável pela pasta presta depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira (6).
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) questionou Queiroga sobre o assunto após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), fazer declarações na última quarta-feira (5) insinuado que a China criou o vírus da Covid-19 como parte de uma “guerra química”.
“Eu desconheço desses aspectos, de indícios de guerra química vindo da China, e também em relação às opiniões das organizações internacionais de saúde”, responde o ministro .
Questionado se as opiniões de Bolsonaro representariam um desserviço as relações entre o Brasil e a China , Queiroga minimizou o fato:
“As relações com a China pelo que eu entendo são excelentes. São parceiros comerciais muito sólidas, e a relação com o embaixador chinês vem sendo muito boa”, afirma.
“Vossa excelência mesmo disse que o presidente não fez menção a China. Espero que as relações entre Brasil e China continuem de maneira positiva e que não tenhamos impacto para o nosso programa de imunização”, completa o médico.
Jereissati , incomodado com a resposta do ministro depoente, disse que “todos os indícios” da fala do Bolsonaro levaram a crer que ele falava sobre a China, e que, por isso, “não iria menosprezar sua inteligência”.