Wilson Witzel (PSC), governador afastado do Rio de Janeiro
Governo do estado do Rio de Janeiro/Divulgação
Wilson Witzel (PSC), governador afastado do Rio de Janeiro

Wilson Witzel (PSC), governador afastado do Rio de Janeiro , disse quem deveria ser investigado por "ação criminosa" é o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano (PT), a quem chamou de "chefe da quadrilha", em entrevista à Veja . A sessão de julgamento do impeachment de  Witzel está marcada para a próxima sexta-feira (30), no Tribunal Especial Misto, comandado pelo presidente do Tribunal de Justiça, Henrique Figueira.

"Quem estava organizando essa ação criminosa na área da Saúde não era eu, mas, na minha visão, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, o André Ceciliano (PT). Ele precisa ser investigado", disse Witzel. De acordo com ele, Ceciliano estaria aliado ao ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos, principal delator do esquema.

Por meio de nota ao portal Metrópoles , André Ceciliano alegou que o governador afastado "esperneia". "Entendo a mágoa que ele nutre contra mim, o que explica essas acusações sem prova, mas a verdade é que ele teve o destino que ele mesmo cavou, através das relações que alimentou, envolvendo até mesmo a esposa em seus desatinos". Ceciliano também disse que Witzel será lembrado como "o mais biruta de toda a história, que mandou confeccionar uma faixa de governador por se sentir um imperador". 

Witzel disse que há um 'complô' contra ele no Palácio do Planalto e falou sobre sua relação com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Está em curso, por exemplo, uma chantagem institucional envolvendo o acordo do Regime de Recuperação Fiscal do Rio, que aguarda a assinatura do Paulo Guedes (ministro da Economia). E ela só vai sair quando eu for cassado, um sinal claro de que o presidente Bolsonaro não me quer como governador", afirmou.

O governador afastado também criticou Cláudio Castro (PSC), vice-governador do Rio de Janeiro e aliado de Bolsonaro. "Só posso dizer que nunca fui filmado com mochila nem em reunião não oficial", disse ele, em referência à investigação na qual Castro é suspeito de ter recebido propina de R$ 100 mil de um empresário. Na ocasião, Witzel chamou o Tribunal Especial Misto de "fantástico mundo de Bobby", fazendo menção a um desenho animado no qual o personagem principal vive no mundo da imaginação. O político também lembrou que há suspeita de corrupção envolvendo membros do tribunal com empresário de transportes. 

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