"Na guerra vale tudo para salvar vidas", diz Arthur Lira sobre vacinas privadas
Presidentes da Câmara e do Senado pediram, na manhã de hoje, que o governo trabalhe com a iniciativa privada nas ações para combater a pandemia de Covid-19
Por iG Último Segundo |
Na primeira reunião do comitê criado para o enfrentamento da Covid-19 , o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o chefe da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediram ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que o governo federal trabalhe com a iniciativa privada nas ações de combate à pandemia.
Pacheco e Lira pleitearam a sanção presidencial ao projeto de lei aprovado nesta quarta-feira (30) no Senado, que garante que as empresas contratem leitos de UTI mediante contrapartidas tributárias. Além disso, eles também expressaram apoio a uma participação maior do setor privado no processo de aquisição dos imunizantes.
De acordo com os parlamentares, o Brasil teria garantido a compra de doses suficientes para vacinar a população brasileira. Lira falou em "500 milhões de doses contratualizadas", e o do Senado disse que a iniciativa privada já poderia participar "de forma mais ativa", sendo integrada ao cumprimento do PNI (Plano Nacional de Imunização) e absorver as doações. Lira comentou que esse seria um caminho mais "ágil" para obter vacinas por "outros caminhos". "Estamos em um momento de guerra. E, na guerra, vale tudo para salvar vidas", acrescentou.
Pacheco também reforçou que as ações da Saúde com o setor privado precisam ser sintonizadas para evitar a judicialização. "Respeitamos as decisões judiciais, mas elas não podem ser fator de insegurança jurídica para hora permitir a iniciativa privada, hora proibir a iniciativa privada".
Uma "atualização" do Plano Nacional de Imunização também foi defendida, entre elas, a prioridade para profissionais de segurança pública e professores na fila de vacinação.