Há seis dias o cardiologista Marcelo Queiroga foi anunciado como o substituto do general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde . O médico, porém, ainda não teve seu nome publicado no Diário Oficial da União. De acordo com apuração do Congresso em Foco, antes de entregar a pasta a Queiroga, Bolsonaro quer garantir foro privilegiado ao general.
Segundo interlocutores, o governo teme que Pazuello possa ser preso; para que isso seja evitado, o general teria de ser indicado a um novo cargo para ter a prerrogativa de ser julgado apenas pelo Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaro teria cogitado colocar Pazuello como ministro do Meio Ambiente, substituindo Salles . A ideia, no entanto, já foi descartada, e uma das possibilidades em análise é a recriação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio para abrigá-lo.
O presidente também gostaria, como forma de agradecimento, de indicar o militar ao posto de general quatro estrelas — atualmente, ele tem três. A medida enfrenta resistência dentro do Exército.
Já o Estadão apurou que a demora na nomeação de Queiroga pode ser motivada pelo fato de o médico constar como administrador de uma empresa junto à Receita Federal; segundo a Lei 8.112 de 1990, servidores públicos estatuários não podem ser sócios-administradores de empresas privadas.