Guilherme Boulos (PSOL) , líder do MTST e derrotado no 2.º turno das eleições municipais em São Paulo em 2020, fez uma análise do cenário político após Lula (PT) voltar a ser elegível.
Para o psolista, o ressurgimento do ex-presidente Lula após ter suas condenações anuladas pelo ministro Edson Fachin, do STF , “altera o jogo” das eleições.
“Nós vimos as reações do (presidente Jair) Bolsonaro. Mas o foco para nós agora é discutir uma unidade da oposição em 2021, o que facilita muito a construção de uma unidade para 2022. A política que eu e muita gente no PSOL defende é de construir unidade”, declara Boulos , que pede “unidade” entre a esquerda para superar“ este pesadelo do Bolsonaro”.
Questionado sobre convocar Ciro Gomes (PDT), que rompeu os laços com o PT e Lula antes das eleições de 2018, Guilherme Boulos adotou tom conciliador:
"Espero que ele entre. Temos conversado com várias lideranças do campo progressista. Eu e o Juliano Medeiros, presidente do PSOL, conversamos com o Lupi, presidente do PDT. Tenho conversado com a Marina Silva (Rede), Gleisi, presidente do PT, Haddad, Flávio Dino (PCdoB). O que defendo é uma unidade do campo progressista. Espero que o Ciro possa fazer parte dela, mas isso depende hoje muito mais de gestos e da disposição dele do que da nossa em acolher”.
Sobre uma eventual aliança com o “centrão”, o político do PSOL rechaçou a ideia: “Eu não acredito em aliança com a centro-direita. Eles não querem”.