Governadores pedem ação "imediata" de Bolsonaro para a compra de vacinas
Gestores estaduais afirmam que medidas para conter o avanço do novo coronavírus estão "próximas do exaurimento"
Um grupo de governadores enviou nesta quinta-feira (4) uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) uma ação "imediata" para a compra de mais doses de vacinas contras a Covid-19 . No texto, os gestores locais afirmam que as medidas tomadas para tentar conter o aumento do número de contaminações pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) estão "próximas do exauriamento".
O comunicado pede a "imediata adoção de providências" e ainda sugere que o governo federal procure organismos internacionais a fim de adquirir mais doses de imunizantes, já que a Covid-19 "seguirá ceifando vidas, ameaçando, desafiando e entristecendo todos nós".
Ainda segundo os governadores, "a vacinação em massa, com a maior brevidade possível, é a alternativa que se afigura como a mais recomendável". Entre as alternativas já colocadas em prática por eles estão a criação de novas vagas de UTI, contratação de profissionais de saúde, compra de equipamentos para hospitais e adoção de medidas de distanciamento social.
Em capitais populosas, como São Paulo e Rio de Janeiro, ainda foram anunciadas a adoção de restrição à circulação de pessoas nos últimos dias. "Os entes Federados têm envidado todos os seus esforços, mas estão no limite de suas forças e possibilidades", diz a carta.
Assinam o comunicado ao presidente os governadores de Alagoas, Renan Filho (MDB); Amapá, Waldez Goés (PDT); Bahia, Rui Costa (PT); Ceará, Camilo Santana (PT); Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM); Pará, Hélder Barbalho (MDB); Paraíba, João Azevêdo (Cidadania); Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); Piauí, Wellingon Dias (PT); Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); Rio Grade do Sul, Eduardo Leite (PSDB); e Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD).