O plano do PSL de colocar a deputada Bia Kicis (PSL-DF) para comandar a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) está sofrendo resistência de parte dos parlamentares da Câmara dos Deputados. Na tentativa de reduzir a resistência, o PSL deve abrir mão do controle da Secretaria de Comunicação (Secom) da Câmara.
A sinalização feita pelo presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) era de que a estrutura de comunicação fosse comandada por outra deputada da sigla - Carla Zambelli (PSL-SP). A queixa de parlamentares do centrão, porém, de que a sigla ficaria com dois cargos de destaque foi avaliada pelo PSL como um fator que poderia atrapalhar Kicis na CCJ.
Por conta disso, Carla Zambelli não deve mais assumir a Secom da Câmara. Segundo informações da Folha de S. Paulo, houve uma conversa sobre o tema com Lira nesta segunda-feira (22). Ficou acordado nesta reunião que a Secom deve ficar para algum parlamentar do Centrão.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é defensor da candidatura de Kicis para fazer avançar pautas mais conservadoras, mas ministros Supremo Tribunal Federal (STF) têm pressionado pela escolha de um nome que seja mais moderado para a função.
A indicação de Kicis fez parte de um acordo interno do partido que teve como contrapartida o aval da bancada ao nome de Luciano Bivar (PE), presidente da legenda, como primeiro secretário da Câmara.