"Se chamar para namorar, tem que casar", diz líder do Patriota sobre Bolsonaro
Sem partido desde a saída do PSL, presidente se aproxima de acordo e pretende até assumir papel de liderança na nova sigla; reunião nesta sexta-feira pode ser vital para continuidade da "relação"
Desde que deixou o PSL e não conseguiu tirar do papel o Aliança pelo Brasil, o presidente Jair Bolsonaro busca uma nova casa dentro da política, principalmente para poder disputar a reeleição em 2022. Entre "paqueras" e conversas, um possível "namoro" pode estar pintando com o Patriota.
Segundo informações do jornal O Globo, Bolsonaro tem reunião com membros do Conselho Político do Patriota nesta sexta-feira (12) para iniciar negociações de uma possível filiação. A intenção do presidente, inclusive, é assumir um papel de controle, mas tal avanço ainda enfrenta resistências por conta de um "racha" dentro do partido.
"Ele pode estar paquerando. Não é namoro ainda. Se ele chamar para namorar, vamos conversar. Se der certo, tem que ir direto ao cartório. Já conhece, então tem que casar logo de papel passado", afirmou Adilson Barroso , presidente do Patriota, um dos integrantes do partido que não esconde o desejo de ter Bolsonaro e retomar "história interrompida" em 2018, quando o presidente quase se filiou ao partido.
Porém, a divisão existente no partido pode acabar se tornando um problema para o avanço nas tratativas. Vice-presidente do Patriota , Ovasco Resende já sinalizou, em entrevista à revista Época, que não pretende abrir mão de seu poder dentro do partido: "não existe possibilidade nenhuma de qualquer liderança vir para tomar o comando do partido. Isso é fora de qualquer mesa de conversa. Ou se confia no partido para o qual você vem ou não".