Nem cassado, nem absolvido: o futuro do deputado que assediou colega na Alesp

Formada por integrantes conservadores, Comissão de Ética deve optar por alternativa "intermediária" e que pode culminar em suspensão do mandato

Foto: Reprodução
Fernando Cury foi afastado do partido Cidadania

Acusado de assédio sexual pela colega de Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) Isa Penna (PSOL) , o deputado estadual Fernando Cury não deve receber um resultado "de extremos". A expectativa é de que ele não seja nem cassado, punição máxima para este tipo de acusação, e nem absolvido pela Comissão de Ética, o que poderia gerar péssima repercussão pública.

Segundo informações do blog do jornalista Lauro Jardim, a tendência é de que o relatório produzido pelo petista Emídio de Souza, que ficou responsável pelo caso, não peça a cassação do mandato pelo fato de a comissão  ter integrantes conservadores, o que encaminharia o desfecho para uma absolvição.

Desta forma, ainde de acordo com a publicação, Cury deve receber suspensão de mandato. Entretanto, nenhum dos deputados da Alesp arrisca dizer qual pode ser o tempo de tal punição.

No início da semana, o deputado apresentou documento com os pontos de sua defesa, referindo-se ao episódio como  "rápido e superficial abraço" e ressaltando que "jamais teve uma única queixa de desrespeito às mulheres, mas sim elogios".