O governador de São Paulo, João Doria
(PSDB), disse nesta quinta-feira (7) que não foi firmada nenhum acordo entre o Ministério da Saúde
e o Instituto Butantan
para a compra
de doses da CoronaVac
. Em entrevista coletiva feita hoje, o ministro Eduardo Pazuello disse que estão garantidas a compra de 100 milhões de doses do imunizante
.
"Assisti a coletiva e vi que o ministro expressou assinatura do contrato. Não quero desmerecer o Pazuello, mas o contrato foi encaminhado essa manhã. Não foi assinado. Até porque, para ser assinado, precisa ser pelas duas partes, e não há assinatura nem do governo de São Paulo e nem do Ministério da Saúde. Até o momento temos a elaboração do contrato, mas não as assinaturas. A nossa disposição é atender a necessidade do Plano Nacional de Vacinação. Isso já era para estar assinado e configurado desde 20 de outubro", disse o tucano em entrevista à GloboNews .
Pouco após a fala de Doria, porém, o acordo foi publicado no Diário Oficial da União.
De acordo com o anúncio feito por Pazuello, foi assinado contrato para o recebimento de 46 milhões de doses até abril e mais 54 milhões até o fim do ano, chegando a um total de 100 milhões.
Mais cedo, o Instituto Butantan divulgou que a vacina demonstrou 78% de eficácia nos casos leves da Covid-19 . Após o anúncio do ministro, Doria declarou que a compra já havia sido acertada em outubro do ano passado, em reunião entre o ministro e governadores, mas o acordo foi desfeito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no dia seguinte.
Na ocasião, o ministro da Saúde disse que 46 milhões de doses adquiridas chegariam até dezembro. O chefe da pasta, no entanto, foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disse que o imunizante não seria comprado de forma alguma.