Manifestantes cercaram e invadiram o Congresso americano na tarde desta quarta-feira (6)
Reprodução/CNN
Manifestantes cercaram e invadiram o Congresso americano na tarde desta quarta-feira (6)

Personalidades políticas brasileiras se pronunciaram nesta quarta-feira (6) sobre a invasão ao Capitólio , sede do Legislativo dos Estados Unidos em Washington e falaram sobre tentativa de "golpe" e "atentado à democracia".

Manifestantes do presidente Donald Trump entraram à força no prédio após entrarem em confronto com a polícia no momento em que era confirmada a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a invasão foi uma "tentativa clara de insurreição e de desprezo ao resultado das eleições por parte de um grupo". Para ele, as imagens "são inaceitáveis em qualquer democracia e merecem o repúdio e a desaprovação de todos os líderes com espírito público e responsabilidade".

"O Senado Federal brasileiro acompanha atentamente o desenrolar desses acontecimentos, enviando aos congressistas e ao povo americano nossa solidariedade e nosso apoio. Defendo, como sempre defendi, que a democracia deve ser respeitada e que a vontade da maioria deve prevalecer", completou Alcolumbre.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também se pronunciou e disse que a invasão "representa um ato de desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições". "Fica cada vez mais claro que o único caminho é a democracia, com diálogo e respeitando a Constituição", afirmou.

O ex-presidente Lula escreveu no Twitter que a invasão "revela cruamente o que acontece quando se tenta substituir a política e o respeito ao voto pela mentira e pelo ódio".

"Para o Brasil, é um alerta sobre o que ainda pode acontecer de pior aqui, se não for contido o autoritarismo de Bolsonaro e suas milícias, se continuarem sendo toleradas as violações à liberdade e aos direitos", disse o petista.

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, afirmou que o acontecimento é uma "tentativa de golpe da direita fascista nos EUA".

"Essa gente não respeita democracia, constituição e nem o processo eleitoral. As forças democráticas precisam repreender duramente. O que acontece lá serve de exemplo para que afastemos o fascismo e o retrocesso daqui", escreveu a parlamentar.

Ciro Gomes (PDT) disse que "Trump é um mau exemplo para o mundo e coloca não só os EUA em risco, mas todos os países democráticos".

"Temos que nos manter vigilantes. Bolsonaro é aprendiz e capacho de Trump. É hora do Congresso brasileiro colocar um freio em seus crimes e abrir o processo de impeachment", afirmou.

Se manifestou também o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que chamou os manifestantes de "fanáticos".



O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) foi outro que usou as redes sociais para falar sobre a invasão, dizendo que "é preciso barrar o fascismo".

"A tentativa de golpe de Trump nos EUA é o último sinal pra quem ainda não havia entendido que é preciso barrar o fascismo. Lá e aqui", escreveu Boulos.

O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) publicou que "nem mesmo a democracia mais estável do mundo sobrevive impunemente ao populismo de direita", traçando um paralelo com um cenário que, segundo ele, poderia acontecer no Brasil. "Por isso é tão importante nos unirmos: precisamos nos proteger e evitar o pior em 2022", completou.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), também se manifestou. "No triste episódio nos EUA, apoiadores do fascismo mostraram sua verdadeira face: antidemocrática e truculenta. Pessoas de bem, independentemente de ideologia, não apoiam a barbárie. Espero que a sociedade e as instituições americanas reajam com vigor a essa ameaça à democracia", escreveu.


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