O presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) comentou a situação das vacinas
contra a Covid-19
no Brasil
em pronunciamento na tarde desta terça-feira (8) no Palácio do Planalto
e atribuiu a competência para tratar do assunto ao ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.
Bolsonaro disse que não vai receber ninguém para falar sobre o assunto sem o aval do chefe da pasta. "Ninguém fala de vacina comigo sem que antes passe pelo sr. Eduardo Pazuello", afirmou o presidente.
Nesta terça, os governadores dos estados se reuniram com Pazuello para falar sobre um programa de imunização dos brasileiros. O encontro teve momentos de tensão, constrangimento e embates.
O principal deles foi um bate-boca entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o chefe da pasta sobre a falta de interesse do governo federal em relação à CoronaVac, imunizante desenvolvido em parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan.
Doria ainda questionou se Pazuello não privilegia a CoronaVac por "questão ideológica, política ou falta de interesse" e relembrou que o ministro fora desautorizado por Bolsonaro após ter se comprometido a comprar 46 milhões de doses do imunizante. Bolsonaro e Doria são inimigos políticos.
"O que difere, ministro, a condição e a sua gestão como ministro da Saúde de privilegiar duas vacinas em detrimento de outra vacina? É uma razão de ordem ideológica , é uma razão de ordem política ou é uma razão de falta de interesse em disponibilizar mais vacinas", disse o tucano.