Indefinição sobre vacinas é ponto negativo do plano de imunização, diz TCU
Responsável pelas ações de saúde no tribunal diz que o governo federal erra ao apostar em vacina única contra a Covid-19
O secretário de Controle Externo da Saúde do Tribunal de Contas da União (TCU), Marcelo Chaves Aragão, disse nesta segunda-feira (7) que a indefinição sobre quais vacinas contra a Covid-19 o governo federal vai adotar é um dos pontos negativos do Plano Nacional de Imunização (PNI).
Aragão foi um dos participantes da audiência pública realizada hoje pela comissão externa do Congresso Nacional que acompanha as ações da União contra a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). A reunião teve foco na análise de um relatório do TCU sobre o tema.
Na semana passada, o governo federal apresentou uma "estratégia preliminar" para a vacinação da população contra a Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, a expectativa é imunizar 109,5 milhões de pessoas em um plano dividido em quatro fases.
Dentre os pontos positivos do plano, Aragão ressaltou a abrangência e a definição precisa do público alvo. O secretário diz que "não há nada" a se criticar nos critérios estabelecidos pelo governo. Ele chamou atenção, no entanto, para a indefinição sobre as aquisições das vacinas.
"Negativo é a indefinição da Coronavac, indefinição da vacina da Pfizer. O Ministério [da Saúde] está apostando as fichas na Astrazeneca e no consórcio Covax. Vamos aguardar. Estamos acompanhando e discutindo", afirmou Aragão.
O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) publicou nota neste sábado (5) pedindo que o governo federal adquira todas as vacinas contra a Covid-19 com eficácia e segurança comprovadas. O pedido é para que o governo federal também imunize toda a população brasileira o mais breve possível por meio de um Plano Nacional de Imunizações unificado.