O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viajou ao Rio de Janeiro na manhã deste domingo (29) para votar no segundo turno da eleição municipal. Bolsonaro deixou o Alvorada por volta das 8h20 e chegou ao Rio por volta das 10h em direção ao colégio eleitoral na Vila Militar.
O presidente vota às 10h45 e deve voltar para Brasília no começo da tarde. Bolsonaro é cabo eleitoral do atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) nos Rio de Janeiro, que disputa a reeleição contra o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM). No segundo turno Bolsonaro se manteve mais distante das eleições na cidade.
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O presidente também voltou a defender a alteração das urnas eletrônicas para que tenham o voto impresso . Bolsonaro propôs um projeto de lei, quando ainda era deputado, sobre a impressão do voto. Nas eleições municipais deste ano o presidente voltou a citá-lo, como uma forma de levantar suspeitas e por em descrédito o sistema eleitoral atual.
"Eu espero do sistema eleitoral brasileiro que em 2022 tenhamos um sistema seguro , que possa dar garantias ao eleitor que em quem ele votou o voto foi efetivamente para aquela pessoa. O voto impresso é uma necessidade, as reclamações são demais. Eu estou vendo trabalho de hacker aqui e em qualquer lugar. A apuração tem que ser pública. Quem não quer entender isso, eu não sei o que pensa da democracia", disse.
Ele também comentou que tem conversado com líderes no Congresso para que votem sobre o voto impresso: "Podemos continuar votando e não tendo a certeza se aquele voto foi ou não para aquela pessoa. E deixar bem claro, o voto impresso, ninguém bota a mão no papel, fica atrás do visor. Ele concorda depois de seu voto ser imprimido (SIC) e cai dentro da urna. Qualquer delegado de partido pode pedir recontagem naquela área e você vai ter a comprovação do voto eletrônico no papel, é pedir muito? No meu entender, quem não quer entender isso, não sei o que pensa da democracia".
Durante a campanha, Bolsonaro reforçou o apoio a Crivella mas preferiu não atuar diretamente. A campanha do atual prefeito avaliou que o apoio de Bolsonaro seria determinante para o político avançar na disputa, que indica vitória de Paes.
"Eu discretamente emprestei o meu nome para alguns candidatos e o povo decidiu", disse Bolsonaro ao sair do colégio eleitoral. Muitos dos candidatos apoiados pelo presidente da República não se elegeram ou tiveram resultados muito abaixo do esperado devido ao apoio que receberam.