Diego Maradona e o então presidente cubano Fidel Castro, em Havana, em 2005
Ismael Francisco Gonzalez/O Globo
Diego Maradona e o então presidente cubano Fidel Castro, em Havana, em 2005

Nesta quarta-feira (25), morreu o jogador argentino Diego Maradona aos 60 anos após sofrer uma parada cardíaca em casa . Apesar de adorado, o ex-técnico era polêmico dentro e fora dos campos, principalmente em relação ao seu posicionamento político. As informações são da  BBC News .

Embora já tenha feito campanha para o neoliberal Carlos Menem, que viria a se tornar presidente argentino, as ideologias da esquerda foi as que conquistaram a simpatia do jogador ao longo de sua trajetória. 

A amizade de Maradona com o líder cubano Fidel Castro ganhou destaque na mídia . "Diego é um grande amigo e muito nobre também. Também não há dúvida de que ele é um atleta maravilhoso e manteve uma amizade com Cuba sem ganho material dele mesmo", disse Castro certa vez sobre o argentino.

A adoração por Fidel era tanta que Maradona tatuou o rosto do líder cubano em sua perna esquerda e o de seu compatriota argentino, Che Guevara , outro expoente da Revolução Cubana, em seu braço direito. O craque também chegou a dedicar sua autobiografia a Castro, entre outras pessoas.

Além do líder cubano, Maradona também apoiava abertamente o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez , que já o recebeu na sede do governo em 2005. Após o encontro, o jogador argentino afirmou que tinha ido encontrar um "grande homem", mas em vez disso encontrou um "gigante".

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"Acredito em Chávez, eu sou chavista. Tudo que Fidel faz, tudo que Chávez faz, para mim é o melhor", disse Maradona. A amizade entre os dois fez com que o argentino ganhasse o posto de convidado de honra de Chávez no jogo de abertura da Copa América de 2007, realizada na Venezuela.

Em seu país natal, Maradona apoiou os governos de Néstor Kirchner e de sua mulher, Cristina. Em 2010, participou, inclusive, do funeral de Néstor.

No Brasil, alguns políticos brasileiros também se manifestaram sobre a morte de Maradona, lamentando a perda e, alguns deles, elogiando sua postura política, como no caso de Dilma Rousseff .

Contra o imperialismo

O ex-técnico também se dizia contra o imperialismo . Em sua trajetória, já protestou contra o então presidente dos Estados Unidos , George W. Bush , em 2005, vestindo uma camiseta com a frase "STOP BUSH" (com o "s" em "Bush" sendo substituído por uma suástica, o símbolo nazista) e se referindo a Bush como "lixo humano". Já em 2005, em uma aparição no programa de televisão de Chávez, disse: "Odeio tudo que vem dos Estados Unidos. Odeio com todas as minhas forças".

Entretanto, em dezembro do ano seguinte, Maradona expressou admiração pelo sucessor de Bush, Barack Obama . Na época, Maradona afirmou ter "grandes expectativas" em relação a ele, de acordo com o portal.

Em abril de 2013, Maradona visitou o túmulo de Chávez e pediu aos venezuelanos que elegessem Nicolás Maduro, para continuar o legado do líder socialista. Durante as eleições presidenciais de 2018, o argentino manifestou apoio a Maduro novamente e voltou a criticar os Estados Unidos, dessa vez, porém, tinha como alvo  Donald Trump .

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