Doria diz que não tentará reeleição em 2022 e defende aliança com a esquerda

Governador do Estado de São Paulo não confirmou se será candidato à Presidência da República em 2022, mas defendeu uma aliança ampla de centro-esquerda e centro-direita que, segundo ele, o PSDB não precisa liderar

Doria defende frente para derrotar Bolsonaro
Foto: O Antagonista
Doria defende frente para derrotar Bolsonaro


O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que não será candidato à reeleição ao governo do Estado em 2022, mas não confirmou se este gesto tem relação com o desejo de disputar a Presidência da República nas próximas eleições. As delcarações foram dadas durante entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo,  Doria disse ainda que defende uma aliança entre centro-esquerda e  centro-direita para vencer o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).


O tucano afirmou que o movimento de não disputar o cargo de governador novamente não tem relação a possível candidatura para presidente, mas, sim, com a idéia de ser contra a reeleição . Ele rivaliza com Bolsonaro e é apontado como um dos candidatos naturais em 2022 .

"Não se trata de ser ou não candidato a presidente , mas de manter minhas convicções. Sou contra a reeleição. Sempre defendi mandato único de cinco anos. Não critico nem condeno os que disputam reeleição, como Bruno Covas (à prefeitura de São Paulo). Mas eu, por ser contra a reeleição, vou manter a minha coerência. Não vou disputar a reeleição", afirmou.

O governador disse ainda que é necessário pensar em uma frente ampla para as eleições de 2022 , que não comportaria, apenas, "pensamento extremista". A frente não deve ser contra Bolsonaro, mas a favor do Brasil. A frente deve reunir o maior número possível de pessoas e pensamentos que estejam dispostos a proteger o Brasil e a população. (Essa frente) Comporta o pensamento liberal de centro, que é o que eu pratico, mas comporta também centro-direita, centro-esquerda, aqueles que têm um pensamento mais à esquerda e à direita", disse ao jornal.

O tucano disse qu eo seu partido, o PSDB, não precisa liderar a inciativa necessariamente. Doria ainda defendeu a participação do ex-ministro do governo Bolsonaro, Sergio Moro , na frente ampla. "Ele deve fazer parte dessa frente. Tem história, biografia e posicionamento. Nunca declarou que era candidato. Sempre teve altivez e grandeza para defender o País, independentemente dos interesses pessoais", afirmou.