Frente ampla? Para Ciro, Moro é fascista, Huck é apresentador e Doria, mentiroso

Pedetista afirmou que a chapa é de extrema direita e teria alta rejeição no Brasil

Ciro Gomes diz que a eventual chapa seria de extrema direita e que 'não teria espaço'
Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Ciro Gomes diz que a eventual chapa seria de extrema direita e que 'não teria espaço'

O Pedetista Ciro Gomes se manifestou hoje (09) sobre a frente ampla que está sendo ensaiada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o apresentador Luciano Huck e João Doria, governador do estado de São Paulo . Para Ciro, a aliança não é de centro, como havia dito Sergio Moro, e sim de extrema direita.

A rejeição ao grupo supostamente de centro direita já havia sido pontuada hoje mais cedo pelo presidente da câmara,  Rodrigo Maia (DEM), que disse que "não apoiaria uma chapa integrada por alguém de extrema-direita" , referindo-se a Moro.

"No dia que Doria, Huck e Moro forem de centro, eu sou de ultraesquerda, que nunca fui. Vamos ter compostura. Moro vendeu a toga em troca de um cargo vitalício e é um cara da extrema-direita. Ele se veste como os fascistas italianos da década de 30, é fascista ", declarou Ciro, após evento em apoio à candidatura de Márcio França (PSB), em São Paulo.

Ciro Gomes disse ainda que Moro foi um "grande malandro e corrupto" por ter feito parte do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). "Durante o governo Bolsonaro , tudo que pode fazer, fez para acobertar os filhos ladrões do Bolsonaro", continuou.

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Sobre Luciano Huck , Ciro disse que é apenas um apresentador e criticou a falta de experiência para concorrer a um cargo da magnitude de um chefe de estado. 

"É apresentador de televisão. Ok, é das tarefas mais dignas. Mas isso o prepara para enfrentar o maior peso social, econômico, o posicionamento internacional do Brasil, um Congresso hiperfraturado, ódio para todo lado?", alegou.

Por último, falou sobre Doria (PSDB) , afirmando que este, apesar de ter legimitimidade para ocupar o cargo, "mente para o povo".

"Ele disse muitas vezes que não deixaria [a prefeitura de São Paulo] e largou. Mas ele não mentiu só isso, ele apoiou Bolsonaro, mudou o nome dele, e, de repente, é o maior inimigo de infância. Ele está enganando quem?", disparou.

De acordo com Ciro Gomes , o Brasil jamais "cederia espaço" para o grupo em 2022 em um eventual embate contra Jair Bolsonaro. Além dos três nomes comentado pelo pedetista, Sergio Moro também classifica Luiz Henrique Mandetta (ex-ministro da Saúde, do DEM), João Amoêdo (liderança do Partido Novo) e Hamilton Mourão (atual vice-presidente, do PRTB) como "bons candidatos de centro."