A explicação dada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , para a publicação na qual ele teria chamado o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de Nhonho , em referêcia ao personagem do Chaves, foi vista com desconfiança por parlamentares e outros ministros auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo .
De acordo com Salles, o post que teria sido feito por um invasor respondia a provocação que tinha sido feita por Maia. O presidente tinha dito que o ministro tentava "destruir" o governo por não estar "satisfeito" com a destruição do meio ambiente. O chefe da pasta afirmou que sua conta tinha sido invadido.
Após a suposta invasão, a conta de Salles no Twitter foi suspensa. O procedimento é comum em casos como esse, mas a avaliação é a de que ele apresentou essa versão como uma desculpa para diminuir a repercussão do episódio.
Auxiliares do presidente falam que, tendo sido Salles o autor, não teria nenhum questionamento do Palácio do Planalto, especialmente por ser contra Maia, com quem Bolsonaro não tem boas relações.
Entre parlamentares, a leitura é a de que Salles conteve a escala da crise ao dizer que teve a conta invadida, ainda que não se acredite nesta versão. Sua saída em razão do episódio, porém, não é considerada.
Salles é um dos remanescentes da ala ideológica no governo após a saída de Abraham Weintraub e o distanciamento de Olavo de Carvalho. A situação dá a ele prestígio entre os seguidores mais radicais do bolsonarismo nas redes sociais.