O Republicanos
, partido ao qual o candidato à prefeitura de São Paulo Celso Russomano
é filiado, assim como Flávio e Carlos Bolsonaro, é suspeito de irregularidades em prefeituras e no Legislativo. As acusações vão desde ligação de filiados com a facção PCC
(Primeiro Comando da Capital), até o loteamento de cargos públicos para liderenças da Igreja Universal
-- que já é um braço do partido --, incluindo ainda fraudes de servidores no horário do expediente.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo . O próprio Celso Russomanno, que critica a gestão do PSDB, teve cargos na prefeitura. Ele chegou a ocupar a Secretaria Municipal de Habitação, o Serviço Funerário e a Subprefeitura do Itaim Paulista, os três com problemas administrativos.
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A Secretaria de Habitação, com orçamento de R$ 451 milhões em 2020, também foi chefiada Aloisio Pinheiro, ligado à Igreja Universal, que utiliava os recursos da pasta para realizar obras com a contração de militantes, fiéis e pastores da igreja . O Republicanos nega influência na indicação dos nomes para contratação.
No Legislativo, diversos assessores em gabinetes de políticos do Republicanos usavam o período em que deveriam estar trabalhando no serviço público - e recebendo para isso - para atuar na igreja ou em braços políticos do partido, conforme investigação da Folha .
O último ponto é o envolvimento com o PCC . Essa relação se desenvolveu entre membros do partido que comandam algumas prefeituras da região metropolitana de São Paulo e os integrante da facção. Até mesmo um sócio de André do Rap teria envolvimento. Segundo a Polícia Civil, a facção atua na cidade de Arujá por meio de indicações políticas e contratos com a prefeitura.
Segundo o jornal o vice-prefeito de Arujá, Márcio Oliveira, que foi preso, teria feito uma aliança com o traficante Anderson Pereira Lacerda, conhecido como Gordo, próximo de integrantes do PCC, em busca de recursos para a campanha do prefeito José Luiz Monteiro (MDB). A facção teria recebido o direito de atuar na área da coleta de lixo e saúde.
A campanha de Celso Russomano e o Republicanos negam os indícios apontados pela Folha e dizem não possuir nenhum membro condenado por corrupção.