O deputado
federal Daniel Silveira
(PSL) usou um atestado médico na noite da última segunda (26) para não ter que usar máscara
dentro do aeroporto, quando rumava para Brasília.
Veja a declaração do deputado:
Ainda segundo o deputado, a razão do atestado se dá pois ele sente dores de cabeça "devido ao aumento de CO2 no sangue".
O responsável por expedir a licença médica que autoriza o uso público sem máscara foi o médico Sergio Marcussi
.
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Em publicação na conta que tem no Twitter, que foi suspenso na tarde desta terça (27), ele afirmou que na segunda fez 20 atestados, e completou dizendo "vamos disseminando".
Em outros posts, ele cita a proteção facial, recomendada pela OMS e pela Fiocruz como " cabresto ", e diz que o atestado "é a solução para você se livrar da focinheira".
Vale lembrar que desde Julho, quando o Presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei, é obrigatório o uso de máscaras de proteção individual em espaços públicos e privados durante a pandemia.
O médico se aproveitou de um artigo da lei sancionada pelo presidente que dispensa o uso da máscara por pessoas diagnosticadas com autismo ou com algum tipo de deficiência :
"Será dispensada no caso de pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, conforme declaração médica, que poderá ser obtida por meio digital, bem como no caso de crianças com menos de 3 (três) anos de idade", diz o artigo 7 da lei.
A Fiocruz reforça o uso das máscaras para evitar a propagação da Covid-19:
"A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ressalta que a recomendação de uso de máscaras caseiras em larga escala tem como base a proteção coletiva, uma vez que muitas pessoas podem estar infectadas e serem assintomáticas. Ou seja, poderiam estar transmitindo a doença sem saberem que estão com o vírus", afirma em nota publicada em Abril.