O ministro Alexandre de Moraes
, do Supremo Tribunal Federal
(STF), foi sorteado nesta terça-feira (20) para assumir a relatoria do caso que investiga suposta interferência
do presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) na Polícia Federal
(PF). O sorteio foi feito a pedido do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.
Antes da aposentadoria de Celso de Mello , no último dia 13 de outubro, o relator do caso era ele. O ministro deixou a Corte após adiantar a sua aposentadoria em três semanas, pouco antes de ele ser obrigado a se aposentar por completar 75 anos.
Por meio de nota, o presidente do STF, ministro Luiz Fux , informou que atendeu ao pedido dos advogados de Moro "em função da celeridade inerente a um inquérito".
Na prática, a medida impede que Kassio Nunes , escolhido por Bolsonaro para o lugar de Celso de Mello, assuma a investigação caso seja aprovado na sabatina e preencha a vaga na corte. Kassio será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta (21) e a votação no plenário deve começar logo em seguida.
A última movimentação dessa caso foi a decisão de Celso de Mello de ordenar que Bolsonaro preste depoimento presencialmente. O ex-decano manteve sua posição na sessão plenária de 8 de outubro, a última vez que esteve na Corte. O debate, porém, foi suspenso e não há data para ser retomado.