Estátua da Justiça
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Estátua da Justiça


O Ministério Público do Rio de Janeiro ( MPRJ ) denunciou por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção o juiz João Luiz Amorim Franco e o assessor concursado Marcos Vinicius Farah Noronha. Com base em um acordo de delação premiada do perito Charles Fonseca William, o MPRJ apontou que João Luiz, titular da 11ª Vara de Fazenda Pública da Capital, é suspeito de vender sentenças e cobrar percentuais para nomear peritos. As informações são do " G1 ".


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A investigação teve início na Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O órgão de fiscalização constatou que 80% das perícias feitas na 11ª Vara da capital foram concentradas em apenas quatro peritos, entre eles Charles William. Corregedores destacaram ainda que perito e juiz tinha rendas incompatíveis com suas funções.

William foi preso em 2019, durante uma investigação do Ministério Público Federal (MPF), sobre irregularidades na Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) e assindou um acordo de delação premiada.

A denúncia afirma que entre 2007 e 2019, João Luiz e Marcos Farah receberam de William 10% do valor bruto dos honorários de cada perícia realizada por ele. A vantagem era uma contrapartida pela indicação e, segundo o MPRJ, teria ocorrido pelo menos 179 vezes. Os pagamentos eram feitos no estacionamento do condomínio onde o juiz mora.

A defesa de João Amorim informou que o processo é sigiloso e por isso não deveria ser divulgado. Para os advogados, a denúncia seria "fruto de descabida e ilegal perseguição da corregedoria, já tendo o conselho nacional de justiça instaurado procedimento disciplinar contra o corregedor, e do mentiroso e também ilegal acordo de colaboração que deverá ser anulado pela justiça, tendo em vista suas muitas falsidades”.

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