PGR pediu prisão de Witzel, mas ministro do STJ só autorizou afastamento

Procuradoria Geral da República argumentou que organização criminosa montada no governo do Rio de Janeiro repete esquema de Sergio Cabral

Witzel foi afastado do cargo
Foto: Philippe Lima/ AgNews
Witzel foi afastado do cargo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou a existência de graves crimes envolvendo o governador afastado do Rio Wilson Witzel (PSC) e solicitou a sua prisão preventiva ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Benedito Gonçalves, entretanto, autorizou apenas o afastamento de Witzel por 180 dias.

No pedido, a PGR argumentou que as condutas de Witzel são "totalmente incompatíveis com o comportamento exigível de um agente político no exercício de um cargo de tamanha relevância em nossa democracia, principalmente em situações de extremo sofrimento para a sociedade como a pandemia da Covid-19".

Prossegue a PGR: "Nem mesmo o caos social gerado pelo referido vírus foi suficiente para fazer cessar a ânsia criminosa do governador e da organização criminosa por ele liderada".

A PGR aponta ainda que Witzel montou uma organização criminosa no governo do Rio semelhante ao esquema de corrupção dos seus antecessiores Sergio Cabral e Luiz Fernando Pezão, que também foram alvos de prisão pela Lava-Jato.