O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-prefeita Marta Suplicy defenderam, em uma live que fizeram nesta quarta-feira, a união de forças para a disputa presidencial de 2022
Reprodução/IstoÉ
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-prefeita Marta Suplicy defenderam, em uma live que fizeram nesta quarta-feira, a união de forças para a disputa presidencial de 2022

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-prefeita Marta Suplicy defenderam, em uma live que fizeram nesta quarta-feira, a união de forças para a disputa presidencial de 2022 contra o presidente Jair Bolsonaro. A união teria como bandeira a defesa da democracia e o combate à desigualdade.

O tucano e a ex-prefeita elogiaram as declarações do ex-presidente Lula de que o PT pode não ter candidato próprio na próxima eleição presidencial e do governador da Bahia, Rui Costa, em defesa da formação da formação de uma frente ampla para discutir um projeto para o país.

"Sou favorável a somar forças. Estamos numa situação muito complicada. Não pode deixar que as liberdades desapareçam. Que a democracia desapareça. E pode desaparecer", afirmou o ex-presidente.

Marta disse que o país vive um "desmonte autoritário" e a união deve se dar para combater isso. Defendeu ainda que as conversas para 2022 comecem agora.

"A minha preocupação tem sido costurar uma frente ampla. Nós temos que colocar as forças políticas deste Brasil, com liberais, centro e progressistas, que têm em comum a defesa intransigente da democracia e o combate à desigualdade social".

Fernando Henrique evitou falar em nomes que poderiam encabeçar candidaturas, mas disse que é preciso ter pessoas que sejam capazes de agrupar forças.

"Está na hora de juntar ao redor da constituição pelo menos ou da desigualdade. Ao redor desses eixos dá para ver essa conversa . A dificuldade sempre é quando começa a fulanizar. Não está na hora de fulanizar".

O tucano definiu as falas de Rui Costa e Lula como "um passo importante". Ele também acredita que Bolsonaro será um candidato forte em 2022 e disse que o auxílio emergencial vai impulsionar a adesão da população mais pobre ao presidente.

"É um erro menosprezar a capacidade dele ser candidato. É um forte candidato".

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Para o ex-presidente, as mobilizações devem começar após a eleição municipal. Depois de ter sido prefeita de São Paulo pelo PT (2001-2004), Marta, hoje filiada ao Solidariedade, deve apoiar a reeleição do tucano Bruno Covas e ainda tem esperança de ser a vice da chapa.

Na eleição paulistana, Marta vem prepaganda a necessidade de consolidação de uma frente que se aponha a Bolsonaro e sirva "como uma luz" para a disputa presidencial de 2022. Ela vinha mantendo conversas com Márcio França, pré-candidato do PSB em São Paulo, mas descartou uma aliança com o ex-governador depois que ele se aproximou de Bolsonaro.

"É um erro do Márcio França", disse Fernando Henrique.

Marta atacou a falta de capacidade de ouvir as diferentes forças políticas do atual presidente.

"O que mais falta no Brasil é a capacidade diálogo. Eu não penso igual a você, mas converso. Essa é incapacidade hoje. É só ódio", disse a ex-prefeita, que fez o papel de entrevistadora.

O ex-presidente concordou e citou Lula também como um exemplo de político que sabia dialogar.

"Fui muito criticado quando era presidente porque conversava com todo mundo. Você ouve o argumento do outro. O Lula fazia isso também".

Durante a live, os dois também criticaram o ministro da Economia, Paulo Guedes. Marta disse que ele não entende do Brasil e não tem sensibilidade para as questões sociais. "Ele é inadequado", concordou mais uma vez Fernando Henrique.

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