A Advocacia do Senado se manifestou, nesta quinta-feira, pelo arquivamento da representação do PSOL, PT e Rede contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no Conselho de Ética da Casa .
Com o parecer favorável a Flávio
, o presidente do colegiado, senador Jayme Campos (DEM-MT), deve decidir se dá sequência à tramitação do pedido de cassação do parlamentar ou o arquiva. Ele não é obrigado a seguir o relatório da Advocacia, que tem caráter apenas consultivo.
Na representação contra Flávio no Conselho de Ética , entre outros fatores, os partidos citam suposta ligação dele com milicianos e a investigação do Ministério Público do Rio sobre suposto esquema de "rachadinha" no seu gabinete como deputado estadual.
A Advocacia do Senado alega que "o lapso temporal dos fatos narrados na petição obsta o prosseguimento válido e regular da representação". No parecer, os advogados da Casa dizem que o regimento do Senado "expressamente estabelece a necessidade de contemporaneidade entre os atos praticados e a legislatura como requisito de procedibilidade para a responsabilização política no âmbito dessa Casa Legislativa".
"Como se depreende da redação vigente, a não observância dessa exigência enseja o arquivamento preliminar, como regra geral", diz o parecer, assinado pelo coordenador-geral da Advocacia do Senado, Fernando Cunha.
Procurado, Jayme Campos disse que ainda não recebeu o relatório da Advocacia sobre o caso de Flávio . Questionado se seguirá o entendimento dos advogados do Senado, ele acrescenta que, se o parecer não o "convencer", ele pode divergir.