Alckmin diz que denúncia é "apressada" e "infundada"
Ex-governador de São Paulo foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Por iG Último Segundo |
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) negou as denúncias contra ele feitas pelo Ministério Público na manhã desta quinta-feira (23). Ele alega que as "apressadas conclusões do inquérito são infundadas e não encontram suporte nos fatos".
Alckmin foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O Ministério Público afirma que ele teria recebido mais de R$ 10 milhões em repasses da empresa Odebrecht.
"Confiante na Justiça, responderá aos termos da denúncia , seguro de que não praticou qualquer ilícito", afirma em uma nota divulgada por sua defesa. Ele também alega que "jamais foi procurado pelas autoridades policiais para se manifestar a respeito dos fatos".
"Até porque nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados. Nem, tampouco, praticou qualquer ato de corrupção durante mais de 40 anos de vida pública", completa.
O PSDB
O partido do ex-governador continua apoiando Alckmin. O presidente estadual do PSDB-SP, Marco Vinholi reiterou a confiança do diretório estadual no político e disse que "acreditamos na Justiça e temos convicção de que, ao final do processo, os fatos serão devidamente esclarecidos".
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"Em seus mais de 40 anos de vida pública, Alckmin manteve uma postura de retidão e respeito à lei sem jamais abrir mão dos princípios éticos e de seu compromisso em servir ao setor público e ao cidadão", disse Vinholi.
Entenda a denúncia
A Odebrecht teria repassado, por meio de doações de campanhas que não tinham sido declaradas à Justiça Eleitoral, para Alckmin mais de mais de R$ 10 milhões.
Desse dinheiro, R$ 2 milhões teriam sido recebidos no ano de 2010 e R$ 9 milhões no ano de 2014, quando disputou a reeleição para o governo.
Mais nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público além do ex-governador. Seis delas são membros da Odebrecht, uma delas é o doleiro Alvaro José Gallies Novis e duas dela trabalharam na campanha de Alckmin: o tesoureiro Marcos Antônio Monteiro e o funcionário dele, Sebastião Eduardo Alves.