Major Olímpio ameaça deixar PSL após 'flerte' com Bolsonaro: "Tchau, queridos"
Luciano Bivar, presidente do partido, rebateu: "Quem quer, faz. Não ameaça"
Por Agência O Globo |
O senador Major Olimpio (PSL-SP) não gostou da reaproximação de seu partido, o PSL, com o presidente Jair Bolsonaro, e ameaçou deixar a legenda em mensagem encaminhada no grupo de parlamentares do partido, segundo postou o próprio no Twitter. Olímpio disse ter sentido "vontade de vomitar" com o 'flerte' da sigla com o presidente e postou seu recado em rede social com o tradicional slogan usado contra Dilma Rousseff (PT), durante seu processo de impeachment, adaptando o "tchau, querida" para "queridos".
A reaproximação do PSL com Bolsonaro foi noticiada neste sábado (11) pelo jornal O GLOBO e citada por Major Olímpio em sua forte reação contrária a ideia.
"Ao ler matéria jornalística dando conta (de) que Bolsonaro busca reaproximação com o PSL para ampliar sua base, e que ligou para (o presidente do partido) Luciano Bivar e que o vice-presidente do partido, (Antonio) Rueda, e (o senador) Flávio Bolsonaro (Republicanos) costuram a aproximação, me deu vontade de vomitar!", postou o senador em sua conta no Twitter.
Eu disse no grupo de parlamentares do PSL: se isto acontecer, sentirei muita saudade do partido. TCHAU QUERIDOS!
— Major Olimpio (@majorolimpio) July 11, 2020
Na sequência, Olímpio completou: "Eu disse no grupo de parlamentares do PSL que, se isto acontecer, sentirei muita saudade do partido. TCHAU QUERIDOS!".
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O presidente do partido, Luciano Bivar , procurar a reportagem do GLOBO para rebater: "Quem quer, faz. Não ameaça".
Entenda a reaproximação de Bolsonaro com o PSL
Eleito pelo partido, Bolsonaro rompeu com a legenda e se desfiliou no fim do ano passado . Na ocasião, chegou a dizer a um apoiador para "esquecer" Luciano Bivar, que preside a legenda, pois ele estaria "queimado para caramba" .
A reaproximação foi selada com um telefonema de Bolsonaro para Bivar, há duas semanas. A conversa foi rápida, porém cordial. Antes disso, o partido já havia acenado ao presidente com a retirada de Joice Hasselmann (PSL-SP), opositora de Bolsonaro, da liderança da sigla na Câmara dos Deputados.
Em troca, como garantia para ampliar sua base no Congresso, o Planalto ofereceu cargos ao partido, como a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, a Eletrosul e o Banco da Amazônia. Dirigentes do PSL afirmam que os cargos não foram aceitos e que a reaproximação com o presidente ocorre por "afinidade de pautas".