O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) deve tirar o advogado Frederick Wassef de sua defesa no caso em que é investigado por movimentações suspeitas com o envolvimento do ex-assessor Fabrício Queiroz. A advogada Luciana Pires que já atua para o senador em questões eleitorais, é o nome cotado para ficar à frente da defesa por enquanto, segundo duas fontes ouvidas pelo GLOBO.
Queiroz fo i preso na quinta-feira em um imóvel de Wassef
em Atibaia, no interior de São Paulo. O local da prisão complicou a situação de Flávio Bolsonaro e provocou desgaste ao governo do pai dele, o presidente Jair Bolsonaro.
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Flávio e o próprio Wassef diziam, nos últimos meses, não terem conhecimento de onde onde estava Fabrício Queiroz. Procurada, a assessoria de Flávio Bolsonaro disse que não tem informação sobre a troca na defesa do senado
Procurada, a assessoria de Flávio Bolsonaro disse que não tem informação sobre a troca na defesa do senador . Frederick Wasseff não retornou os contatos do GLOBO.
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Flávio já vinha sendo aconselhado a trocar Wassef, especialmente após a operação de quinta-feira que descobriu Fabrício Queiroz no imóvel. As pressões pela substituição também chegaram ao presidente Jair Bolsonaro, por meio de aliados.
A sugestão dos aliados a Bolsonaro era de convencer Flávio a trocar Wassef por um advogado que tenha trânsito e influência no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). No caso do TJRJ, o objetivo é enfraquecer a investigação que apura a prática de ainda na fase inicial, mas mirando também a possibilidade de a investigação subir para o STJ.
Flávio é investigado por um suposto esquema de devolução de salários de funcionários do gabinete, com envolvimento do então assessor, Fabrício Queiroz, na época em que era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Wassef é amigo de Bolsonaro e gosta de mostrar proximidade com a família do presidente. Ele é advogado também do próprio Bolsonaro no caso da facada que recebeu de Adélio Bispo durante a campanha eleitoral de 2018.
O advogado tornou-se um frequentador habitual do Palácio do Planalto, onde Bolsonaro trabalha, e do Palácio da Alvorada, residência oficial. Desde setembro do ano passado, já esteve ao menos 13 vezes em um dos dois locais, sendo sete vezes no Palácio do Planalto e outras seis na residência oficial.
A última ida ao Planalto ocorreu na quarta-feira, véspera da prisão de Queiroz, quando Wassef participou da posse de Fábio Faria como ministro das Comunicações. Nem todas as visitas a Bolsonaro constam da agenda oficial do presidente. (Colaborou, Adriana Mendes)