Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez nomeou políticos do Centrão para o governo
Agência Brasil / Imagem de arquivo
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez nomeou políticos do Centrão para o governo

Contrariando a promessa de campanha de não fazer alianças com parlamentares do Centrão, o presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta segunda-feira mais um indicado pelo grupo para compor o governo. O chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI), Marcelo Lopes da Ponte, vai assumir para a presidência do Fundo Nacional e Desenvolvimento da Educação ( FNDE ), que tem orçamento de R$ 54 bilhões. A nomeação foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto. Antes, o governo já havia nomeado indicados pelo PL, do ex-deputado Valdemar Costa Neto, e do PSD.

Giovanne Gomes da Silva, indicado pelo PSD

O PSD, partido de Gilberto Kassab, emplacou uma indicação para a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), ligada ao Ministério da Saúde. Giovanne Gomes da Silva, comandante da Polícia Militar em Minas Gerais, está agora à frente do órgão. Giovannne substitui Márcio Sidney, indicado anteriormente pela bancada evangélica. Desde o governo Temer, a frente parlamentar controlava o órgão.

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Vinculada ao Ministério da Saúde, a Funasa é responsável por ações de saneamento básico e prevenção e controle de doenças relacionadas à falta de esgoto e água potável. Seu orçamento para 2020 é de R$ 2,3 bilhões.

Garigham Amarante Pinto, indicado pelo PL

Antes de entregar a presidência do FNDE para o PP, o governo nomeou um indicado do PL, partido do centrão, para a Diretoria de Ações Educacionais do Fundo. O nomeado para a diretoria é o advogado Garigham Amarante Pinto, antes assessor da liderança do PL na Câmara dos Deputados. Ele é nome de confiança de Valdemar Costa Neto, ex-deputado condenado no esquema do mensalão e a ainda em controle da sigla, apesar de não ser formalmente o presidente do partido.

O nomeado pelo PL será responsável pelo programa de livros didáticos, de alimentação escolar e apoio à manutenção escolar. São as atribuições da Diretoria de Ações Educacionais. Por ora, a presidente do órgão é Karine Silva dos Santos, servidora concursada escolhida por Abraham Weintraub, ministro da Educação.

Bolsonaro

A diretoria e a presidência do FNDE foram pedidos encaminhados por Republicanos, PP, PL e PSD na aproximação recente do governo Jair Bolsonaro com os partidos do centrão.

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Thiago Queiroz, indicado pelo Republicanos

O grupo político também emplacou um nome de sua preferência para a Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano do Ministério do Desenvolvimento Regional. Thiago Queiroz foi nomeado como secretário pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto.

Segundo líderes partidários, o novo secretário é indicação do partido Republicanos, presidido pelo deputado federal Marcos Pereira (SP). A informação foi confirmada com integrantes do governo. As nomeações fazem parte de um acordo do presidente Jair Bolsonaro com dirigentes e líderes partidária para formar uma base aliada para votações na Câmara dos Deputados e no Senado.

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Em dezembro de 2018, o Ministério Público Federal moveu ação de improbidade contra o então ministro da Saúde Ricardo Barros. Entre os denunciados também estava Tiago Queiroz. Ele exercia, na época, o cargo de diretor do Departamento de Logística do ministério e tinha sido coordenador de Compra por Determinação Judicial da mesma Pasta. Segundo relata a ação do MPF, Tiago Queiroz enviou ofícios a juízes em ações movidas por pacientes, pedindo que interferissem junto à Anvisa para que fosse liberada a importação de medicamentos de uma empresa contratada como fornecedora do Ministério da Saúde. O MPF acusou a gestão de Barros de irregularidades na contratação da empresa.

Fernando Leão, indicado pelo PP

O PP, comandado pelo senador Ciro Nogueira, foi o primeiro a conquistar as redistribuições de cargos. O partido emplacou Fernando Leão para a diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). A nomeação atende à demanda de Nogueira e também do líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL).

Apesar de Fernando Leão ter sido indicado pelo PP, ele está oficialmente filiado ao Avante, partido com oito deputados na Câmara. O PP soma 40 deputados.

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