A coluna Painel da Folha de S.Paulo revelou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) elegeu os ministros Celso de Mello e Alexandre de Moraes como inimigos pessoais . O Judiciário é um alvo dos ataques do presidente, mas os dois ministros passaram a ser figuras centrais das críticas. Ambos têm em mãos inquéritos contra o presidente da República.
Alexandre de Moraes análisa o inquérito sobre o esquema de fake news arquitetado por redes bolsonarista, que pode ter Carlos Bolsonaro como alvo, já Celso de Mello tem o inquérito sobre a possível interferência política na Polícia Federal denunciada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
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No último domingo (24), Bolsonaro compartilhou nas redes sociais um vídeo sobre a lei de abuso de autoridade como uma espécie de mensagem vedada ao ministro Celso de Mello. Bolsonaro considera os ministros antibolsonaristas
e busca transformar as questões institucionais em problemas pessoais entre os representantes dos poderes. O presidente atacou o ministro Moraes ao menos duas vezes recentemente ao afirmar que ele age de forma política e que só chegou ao STF por ser amigo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Bolsonaro disse ainda que a proximidade que Moraes tinha com o PSDB perdura e influencia nas decisões do ministro.
Bolsonaro mantém relação estável com o presidente da Corte, Dias Toffoli , para garantir o minímo de estabilidade necessária para não sofre com crises institucionais e assim manter os ataques aos demais ministros que avançam em investigações contra o presidente e sua família, ou repudiam as decisões do chefe do executivo.