Manifestantes de partidos de esquerda como PT e PCO e movimentos sociais chegaram na manhã desta quarta-feira à Praça dos Três Poderes, na frente do Palácio do Planalto, para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro e pedindo sua saída do cargo. Cerca de 60 pessoas levaram faixas chamando Bolsonaro de "genocida", "eugenista" e "bozonazi".
A poucos metros, um pequeno grupo com 17 apoiadores do presidente também se manifestava. Um deles se aproximou e passou a xingar os opositores, que tentaram lhe dar chutes e socos, sendo separados por agentes de segurança antes de se agredirem fisicamente.
Após a chegada dos grupos, o espaço foi tomado por policiais militares do Distrito Federal e, em menor número, no início do ato, por integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança do presidente. Os policiais separaram os adversários e fizeram cordões de isolamento, na altura da rampa da sede do governo federal.
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Por volta das 11h30, o ministro do GSI, Augusto Heleno, foi visto observando a manifestação do quarto andar do Planalto.
Os manifestantes contrários a Bolsonaro se posicionaram espaçadamente, obedecendo recomendações do Ministério da Saúde pelo isolamento social contra o novo coronavírus. Eles levaram uma grande bandeira do Brasil e fizeram críticas à postura do presidente na defesa da economia em detrimento de medidas de combate à Covid-19 . "O CPF morre, o CNPJ vive?", questionava uma das faixas.
Do lado direito, os bolsonaristas repetiam gritos de " mito ", apelido pelo qual o presidente ficou conhecido por seus apoiadores desde antes da campanha eleitoral. Os manifestantes de esquerda começaram a deixar o local por volta do meio-dia.