Governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel
Eliane Carvalho
Governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel


O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou, em entrevista à TV Cultura nesta segunda-feira (04), que o discurso do governo federal é o oposto à realidade da pandemia.

"O grande problema está sendo as pessoas nas ruas. Para agravar, há o discurso do governo federal, vindo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que é oposto à realidade, sendo a favor da abertura dos estados, mas colocando a responsabilidade nos governadores. No Rio, temos 50% de pessoas nas ruas, quando deveria ser bem menos devido ao funcionamento das atividades essenciais", disse. 

Witzel citou a medida que não permite carreatas, passeatas ou aglomerações em lugares públicos no Estado durante a pandemia. "Além dessa medida, me reúno, amanhã (05), com o Ministério Público para ver quais outras medidas legais podemos tomar para diminuir a circulação da população nas ruas. Estamos vivendo uma realidade que não previa nada do tipo na legislação. Vamos aplicar todos os esforços para aumentar as restrições", garantiu o governador.

Vale lembrar que,  na terça-feira (28), a desembargadora Marianna Fux, filha do ministro STF Luiz Fux, proibiu dois deputados federais (Daniel Silveira e Otoni de Paula) e uma estadual (Alana Passos) do Rio de Janeiro de organizar protestos ou carreatas contra o isolamento no estado, sob pena de R$ 50 mil por ato. Não por acaso, os 3 parlamentares são apoiadores do presidente Bolsonaro.

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A decisão de Marianna os proíbe de "fomentar, incitar, organizar e participar de manifestações em locais públicos durante a vigência das normativas federais, estaduais e municiais de distanciamento social, incluindo-se passeatas, carreatas e manifestações públicas presenciais de qualquer gênero".

Saúde em colapso

Atualmente, 92% dos leitos do Rio de Janeiro estão ocupados. Witzel admite um possível colapso, mas defendeu a criação de 1.300 novos leitos. "Investimos, em 2019, R$ 5 bi na saúde do Estado. Isso nos permitiu encarar a epidemia e construir hospitais de campanha, que serão inaugurados no próximo dia 10. Serão mais de mil leitos exclusivos para a pandemia", declarou. 



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