André Luiz Mendonça é o novo Ministro da Justiça
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
André Luiz Mendonça é o novo Ministro da Justiça


Anunciado como o substituo de Sergio Moro nesta terça-feira (28), André Mendonça já integrava o governo Bolsonaro, como Advogado-Geral da União (AGU), e até vinha sendo cotado como uma das opções para assumir a primeira vaga no Superemo Tribunal Federal. O novo ministro da Justiça, no entanto, está longe de ter o mesmo status de celebridade conferido ao seu antecessor, até porque teve uma ascendência mais discreta no cenário político, área na qual trabalha em paralelo com sua atuação como pastor da Igreja Presbiteriana

Jorge Oliveira, ministro da Secretaria-Geral da Presidência chegou a ser cotado para o cargo, mas Mendonça foi avaliado como a escolha mais segura. Isso porque Oliveira já foi chefe de gabinete de Eduardo Bolsonaro, deputado do PSL e filho do presidente, e colocá-lo no cargo poderia levantar novas críticas ao governo.

Além disso, existe a expectativa de que o agora ex-AGU atue como um ponto de equílibrio entre o executivo e o Supremo, uma vez que é bem relacionado com o ministro Dias Toffoli .  Quando trabalhou no Departamento de Patrimônio e Probidade da AGU, em 2008, convidado pelo próprio Toffoli, Mendonça recebeu o Prêmio Innovare em razão de sua atuação na recuperação de ativos desviados em caso de corrupção.

Apoio a Lula no passado

Antes de ser nomeado para AGU, André Mendonça já havia atuado em outros cargos dentro da instuição, inclusive durante os anos de governo do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2002, ele publicou um texto na Folha de Londrina exaltando a vítoria do petista Luís Inácio Lula da Silva para o seu primeiro primeiro mandato, dizendo que o “coração do povo” se enchia de esperança”.

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Em entrevista ao jornal ao Globo, em 2019, ele falou sobre o assunto. “Era um momento em que se dizia: a esperança venceu o medo. Porém, infelizmente, para todos nós, para o país, para a sociedade, o que nós vimos é que a corrupção venceu a esperança. Esse é o registro histórico, não sou eu que estou dizendo, mas todos os fatos conhecidos hoje indicam isso”, afirmou.

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Contato com Bolsonaro

Servidor público de carreira, Mendonça conheceu Bolsonaro apenas quando foi avaliado para o cargo da AGU, em conversa realizada no Centro Cultural do banco do Brasil, sede do governo de transição, em novembro de 2018. No mesmo dia, o presidente o anunciou como Advogado-Geral da União.

Durante a conversa, o agora ministro da Justiça explicou que atuava também como pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília.

Cotado para o STF

Em julho de 2019, Bolsonaro disse que cogitava escolher um ministro “terrivelmente evangélico” para assumir a primeira vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), no lugar de Celso de Mello, que completará 75 anos em 1º de novembro e terá que abandonar o cargo.

Na mesma época, o presidente mencionou que André Mendonça estava na lista para o STF, mas não pelo fato de ser evangélico. Segundo Bolsonaro, ele era cotado principalmente por ser servidor de carreira e ter atuado no combate à corrupção.  

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