Bolsonaro em pronunciamento oficial
Foto: Reprodução/Internet
Bolsonaro em pronunciamento oficial

Após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o agora ex-ministro Sérgio Moro negou que tenha utilizado a troca do diretor da Polícia Federal como moeda de troca por uma vaga no Supremo Tribunal Federal. 

Bolsonaro acusa Moro de fazer pressão por vaga no Supremo; ex-ministro nega


Confira a postagem:



"Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: ‘o senhor pode trocar o Valeixo, sim. Mas em novembro, depois que o senhor me indicar para ministro do Supremo Tribunal Federal’", disse Bolsonaro. "Me desculpe, mas não é por aí", disse o presidente em seu discurso oficial.

Bolsonaro diz que Moro tem compromisso com o ego e não com o Brasil

Mais cedo, em seu discurso de despedida, Moro negou ter pedido uma vaga no STF. 

O ex-ministro voltou a publicar no Twitter outra mensagem para dizer que "não houve qualquer pedido de demissão, nem o decreto de exoneração passou por mim ou me foi informado", postou. 

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Entenda

Mais cedo, o agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou a demissão. O ex-juiz federal deixou a pasta após um ano e quatro meses do governo do presidente Jair Bolsonaro.

A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro. A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça.

"O presidente me disse mais de uma vez, expressamente, que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações, que ele pudesse colher relatórios de inteligência, seja diretor, seja superintendente. E realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação", declarou Moro.

Moro fez uma comparação da situação com o período em que conduziu os processos da Operação Lava Jato como juiz:

"Imaginem se durante a própria Lava Jato, ministro, diretor-geral, presidente, a então presidente Dilma, o ex-presidente, ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações sobre as investigações em andamento?", questionou.

Com a saída de Moro, é a nona vez que um ministro deixa o cargo no governo Bolsonaro - desses, seis saíram do governo e três continuaram (Onyx Lorenzoni saiu da Casa Civil e foi para a Cidadania; Floriano Peixoto saiu da Secretaria Geral e foi para a presidência dos Correios; e Gustavo Canuto deixou o Desenvolvimento Regional e foi para a presidência da Dataprev).

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