Um dia após o presidente Jair Bolsonaro participar de um ato em Brasília que defendia medidas ilegais, como a intervenção militar , o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que as Forças Armadas trabalham para "manter a paz e a estabilidade do País, sempre obedientes à Constituição Federal".
Em nota enviada à imprensa, Fernando Azevedo e Silva diz que o momento exige "entendimento e esforço de todos os brasileiros" e ressalta que nenhum país está preparado para uma pandemia. Desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil, já morreram 2.575 pessoas.
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O ministro da Defesa diz ainda que "essa realidade requer adaptação das capacidades das Forças Armadas para combater um inimigo comum a todos: o coronavírus e suas consequências sociais. É isso o que estamos fazendo", finaliza.
Neste domingo, Bolsonaro discursou em frente ao Quartel-General do Exército e na data em que é celebrado o Dia do Exército. De cima de uma caminhonete, foi ouvido por dezenas de simpatizantes que se aglomeraram, contrariando as orientações de isolamento da Organização Mundial da Saúde para conter a propagação do vírus.
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Entre os apoiadores do presidente, alguns carregavam faixas pedindo "intervenção militar com Bolsonaro no poder". As faixas tinham o mesmo padrão e pareciam ter sido feitas em série. O ato incomodou o núcleo militar do governo, por ter ocorrido à frente do QG do Exército.
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Generais da reserva atuaram durante todo o domingo para contornar o clima de tensão entre os Poderes, após o presidente Jair Bolsonaroparticipar de uma manifestação em frente ao Quartel General do Exército contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com relatos, a atuação de ao menos três nomes teria sido fundamental para apaziguar os ânimos: os generais Villas Boas, ex-comandante do Exército; Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Michel Temer; e Alberto Mendes Cardoso, ministro da Casa Militar do governo Fernando Henrique.
Os generais fizeram chegar aos militares do governo que não ficaram confortáveis com o fato de o protesto ter acontecido em frente ao QG do Exército, lembrando que as Forças Armadas são instituições que servem ao Estado, não a governos.